quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Bordados para o Natal

Se você é como eu e assina várias newsletters sobre os assuntos que gosta - e aqui estamos nos referindo a trabalhos manuais -, já deve ter visto essa matéria em vários lugares. Mas ela é tão simples e bonita, que acho que vale a pena mostrar aqui.



Os desenhos são de Noelle Corcoran, e ela disponibilizou os gráficos para bordado no blog da Craft. São simples e podem ser um ótimo presente, não é? Imagine ganhar guardanapos bordados assim! O passarinho, inclusive, pode ser usado sem relação com o Natal. Você pode também usar o mesmo motivo com vários pontos diferentes, preenchendo ou não os desenhos. Dá pra fazer um jogo inteiro para sua mesa, com toalhas, guardanapos... Aproveite! :)

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Drift Scarf: como fazer

Como prometido, hoje mostro a vocês como fazer o ponto do Drift Scarf. Preciso dizer que é muito fácil, e se você conseguir lã ou outro fio bem grosso, como no projeto original da Betz White, é bem rápido de fazer.

Encontrei as fotos que tirei logo no começo, o que vai facilitar minha vida! ;-)

A receita é bem simples: monte um número de pontos suficiente para fazer ponto barra 6x6, de forma a começar com ponto meia e terminar com ponto tricô. No meu caso, são 8 vezes 6, totalizando 48 pontos. Depois, faça 10 carreiras em ponto barra 6x6 - 6 pontos meia, 6 pontos tricô. No avesso, acompanhe os pontos (faça tricô sobre tricô, meia sobre meia).

Na 11a. carreira começa o motivo do cachecol: no início da sua agulha esquerda você terá seis pontos meia. Conte 6 carreiras no avesso:


Veja de outro ângulo:


Agora, nesta 6a. carreira, pegue alguns pontos (para manter o motivo uniforme, eu sempre pego o primeiro, terceiro e quarto pontos no avesso):


Eu acho mais prático usar uma agulha de duas pontas, que eu já tinha por causa do jogo de 5 agulhas que usei para as meias. Ela é pequena e cabe no bolso da minha bolsa das Tricoteiras, mas se você quiser pode usar qualquer outra agulha - tente apenas usar uma com numeração menor do que a que você estiver usando para fazer o cachecol, para não marcar muito o lugar. Depois de pegar os pontos, é só tricotar normalmente, mas pegando também os pontos da agulha menor quando for fazer os três primeiros pontos em meia:


Os três demais pontos são tricotados normalmente, bem como os 6 pontos seguintes, em tricô. Faça o mesmo procedimento de pegar pontos 6 carreiras abaixo toda vez que for fazer os pontos em meia.

Depois que você terminar esta carreira, faça outras 10 como no início do cachecol, fazendo o ponto que expliquei até que esteja longo o suficiente para você.

Uma grande vantagem desta receita é que o cachecol não tem avesso - o que o deixa muito charmoso!

Lado direito Lado avesso

Como eu disse, a receita original usa fio e agulhas bem mais grossas, mas difíceis de se encontrar num país tropical como o Brasil - por isso estou usando o Sedificada, que é um fio bem macio e relativamente grosso.

Se você se animar a fazer um Drift Scarf também, não deixe de me contar! ;-)

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Promoção: The Book Depository

Eu não sei onde foram parar as fotos que mostram como fazer o ponto do meu Drift Scarf, então hoje falarei de outra coisa! :)

Recentemente, comprei alguns livros no site The Book Depository, seguindo recomendações da Méri. Na verdade, eu tomei um grande susto, pois a loja enviou meus livros separadamente, um pacote pra cada um, e o último a ser enviado chegou primeiro. Entrei em contato com o site, que pediu que eu verificasse com o correio local para saber se os outros pacotes não estavam lá - mas livros não ficam presos no correio por aqui, apenas pacotes que contêm itens passíveis de impostos. No fim das contas, como já fazia muito tempo que eu estava esperando os livros, a loja me reembolsou o valor dos itens que eu não havia recebido.

Para minha vergonha, dois livros chegaram no dia seguinte.

Pela lista de tricô, fiquei sabendo que várias pessoas estão tendo problemas com o correio ultimamente. Acho que o volume de encomendas no fim do ano é maior, o que pode gerar atrasos nas entregas, mas também penso que há alguns problemas internos lá: um dos meus pacotes veio com um buraco, como se alguém quisesse saber o que havia dentro.

Entrei em contato novamente com o Book Depository, e eles gentilmente disseram que eu podia ficar com os livros e o reembolso. O último pacote chegou dias depois.

Por tudo isso, acho que The Book Depository é uma ótima opção para quem quer comprar apenas alguns livros - pois o frete é gratuito para o mundo todo! E o atendimento deles, fazendo jus à fama das lojas britânicas, foi excelente.

E aproveitando a história, a loja está dando de presente um kit craft! Veja mais informações aqui. É um belíssimo presente, e você pode participar até o dia 7 de janeiro. Quem sabe você não será o feliz ganhador? ;-)

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

WIP: Drift Scarf

Hoje vou mostrar a quantas anda meu Drift Scarf. Vejam como ele estava em 6 de outubro (quase dois meses atrás):


E agora, depois de algum trabalho, está assim:



Estou no segundo novelo agora, e provavelmente precisarei ir até o fim dele para o tamanho certo. Talvez até inicie um terceiro! O cachecol agora está com 70 cm. Vai ficar bem quentinho! :)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Chega de janelas quebradas!

Outro dia, resolvi ouvir todos os podcasts de Sew ~ Stitch ~ Create que estavam faltando. Em um deles, Brye Lynn nos conta sobre uma ideia muito interessante: WIPs são como janelas quebradas.

Ela usou a ideia do ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, sobre janelas quebradas: dizia ele que, se você tem um prédio abandonado e não conserta suas janelas quebradas assim que elas aparecerem, dali a algum tempo haverá mais vandalismo no prédio - e ele será usado como ponto de encontro de usuários de drogas, depois para tráfico, e assim por diante. Ou seja, o que começou como um problema pequeno torna-se algo difícil de controlar.

(Acho essa noção absolutamente perfeita, especialmente quando penso em todas as pequeninas coisas que vamos deixando para arrumar em casa, e quando percebemos tudo precisa de reparos.)

Pois a Brye Lynn, pensando dessa forma, chegou à conclusão de que nossos WIPs seguem a mesma regra: você começa um projeto, aí se encanta com uma nova técnica e começa a usá-la em outro projeto, aí vai na loja e compra uns tecidos pra fazer outra coisa, depois se cansa do que está fazendo e começa outra coisa...

Eu achei a ideia BRILHANTE! E, pior, percebi que tenho o péssimo hábito de criar "janelas quebradas" em absolutamente tudo na minha vida! É só vocês repararem que eu estava escrevendo diariamente e de repente fiquei semanas sem escrever aqui. Estou lendo um livro (ótimo, por sinal) há uns 2 anos, e ele nem é meu, peguei emprestado! Ao mesmo tempo, tenho pelo menos outros dois livros começados, e minha lista de WIPs, como vocês já sabem, é bem grande.

E com isso, surgiu o plano de ação "Chega de janelas quebradas!". Sempre que tenho tempo para ler um livro, vou sempre àquele que precisa ser devolvido a seu dono. Depois dele, preciso pegar um dos outros que já foi começado! E quanto aos WIPs...

Na verdade, tenho um bom motivo para não ter escrito aqui nos últimos tempos: eu estava terminando um projeto para um livro! Sim, isso mesmo! Umas meninas malucas me convidaram para participar de um livro com elas, e para isso eu precisava criar uma receita de tricô - o que prova que elas realmente são malucas, porque eu sou muito iniciante em tricô! Mas como eu ia dizendo, elas me convidaram e eu aceitei - por isso, quando estava chegando o prazo final para entrega do texto precisei usar todo o tempo livre para esse compromisso! Agora que consegui terminar, posso voltar a fazer meus projetos... e como a ideia é voltar aos WIPs antes que eles se tornem UFOs, estou trabalhando apenas no Drift Scarf.

Creio que, como para tudo na vida, este plano dará certo enquanto eu for disciplinada o suficiente para colocá-lo em prática. Às vezes é difícil, eu admito - dá vontade de pegar algo novo. Mas como eu mesma fiz a regra, ela tem exceções: estou precisando de algumas coisas que pretendo fazer eu mesma, costurando. Nesses casos, como geralmente são coisas que começo e termino no mesmo dia, não estarei quebrando novas janelas!

Deseje-me sorte! ;-)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

É tarde! É tarde!

... mas como o coelho branco de Lewis Carroll, estou chegando lá!

Eis a primeira etapa do Paisley des Quatre Saisons:


Eu adorei fazer estes pontos! Quando vi a foto de Anne-Gaëlle, peguei minha Embroidery Stitch Bible e comecei a procurar - eu tinha certeza que já tinha visto esse ponto em forma de triângulo lá. E encontrei, era o Closed Blanket Stitch. Mas quando li as explicações no blog, vi que na verdade ela usou o ponto haste primeiro, e depois sobre ele fez o Fly Stitch (que também estão no livro, claro). O dicionário da Méri com certeza tem todos os nomes, em português, inglês e francês, depois vou conferir!

Fiz a primeira parte ontem, no feriado, e hoje fiz a segunda:


Acho que ficou bonito, mas tive que fazer algumas pequenas modificações. Fazia tempo que eu não passava tanta raiva bordando! Sabe por quê? As fitas! Ah, foi muito frustrante bordar com elas. Primeiro, não são fitas de seda, mas de cetim (a Méri já tinha me avisado que as de seda, apesar de muito mais caras, fazem muita diferença - claro que ela estava certa!). Segundo, acho que são mais grossas do que as usadas pela Anne-Gaëlle. Juntando tudo isso, foi muito difícil bordar com essas fitas. Ah, claro, também teve o problema das linhas - alguém aí, além de mim, acha que deveria existir um kit pronto pra esse stitch-along? Na verdade, se os materiais de bordado pudessem ser comprados aqui no Brasil, já seria de grande ajuda...


Para o contorno, usei uma linha perlé (coton a broder) que eu tinha comprado há muitos anos para fazer vagonite (isso eu não consigo descobrir como é em inglês... e não tem no livro!), mas nunca o fiz. A cor é a 798 da DMC, um azul muito bonito! Para o caule das flores, usei linha comum para bordado (stranded cotton mouliné) da Anchor, cor 228. E para o detalhe das flores menores, a cor 290. Não que essas coisas façam diferença pra quem ler isso aqui, mas se eu acabar esquecendo que cores usei, está anotado aqui! :-D


A próxima etapa é bordar pequenas rosas ao redor do desenho. Adivinhe só, com fitas! Ah... deseje-me sorte!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Coisas que melhoram o dia

Amanhã é feriado nacional, e por isso boa parte das pessoas não está trabalhando. Meu marido está, portanto este é apenas mais um dia normal aqui em casa.

Claro, como eu não estou trabalhando por enquanto, o dia pode ser replanejado o quanto eu quiser. O que deveria ser um convite à produtividade em todas as áreas - trabalhos domésticos, pendências em geral, crafts.

Mas o que acontece então?

Um dia cinza. Triste, feio e deprimente. Nos últimos tempos percebi o quanto dias cinzas me afetam, e devo dizer que isso é um pouco assustador. Quando estamos trabalhando, não temos muito tempo de prestar atenção ao tempo lá fora, muito menos os efeitos que ele tem sobre a gente. Então alguma coisa tinha que ser feita!

Minha solução foi começar um projeto que estava aqui me incomodando: um SAL, ou stich-along. Anne-Gaëlle, do blog Au bonheur de mains (eu leio francês, sabia? Às vezes com ajuda do Google, mas leio! ;-) ), criou um projeto de bordado para fazermos juntos. Os links estão na lateral do blog dela, com todos os arquivos para download.

Hoje, lendo os blogs que acompanho pelo Google Reader, vi que ela estava pedindo para as pessoas se reinscreverem - pouquíssimas estavam dando retorno sobre o projeto. Nada como um puxão de orelhas para fazer a gente se mexer, hein?

Imprimi todos os arquivos que ela já havia nos mandado por e-mail (os mesmos que estão para download), e comecei a procurar um tecido para o bordado.

Ao que parece, lá na Europa é fácil encontrar linho para bordar. Aqui no Brasil, sabe-se lá por quê, linho é artigo de altíssimo nível, a 80 reais o metro, quando encontrado (mais ou menos 40 dólares). Muito caro pra bordar!

Fui dar uma olhada no que eu tinha por aqui na caixa de bordado, e encontrei um tecido - acho que é cânhamo fino. Não sei se vai ser adequado ao projeto, mas vou tentar.

O próximo passo foi transferir o desenho para o tecido. Como eu (ainda) não tenho caixa de luz, que facilita muito essa etapa do bordado, tive que improvisar do jeito mais comum:


Viu como o dia está cinzento?? E a rua está muito tranquila, só no meio de um feriado pra isso acontecer em São Paulo...

Muito bem, desenho transferido, hoje à noite começo o bordado. A primeira etapa é o contorno do desenho, já vi o passo-a-passo dos pontos escolhidos e depois escolho as cores. Decidi fazer cada uma das 4 partes do projeto em tecidos separados. Depois quero enquadrá-los e colocá-los nas posições originais. Acho que vai ficar bem bonito!


Eu adoro paisleys. Ou cashemira, ou seja lá como você conhece essa forma. Simplesmente a-do-ro, e agradeço à Anne-Gaëlle pelo lindo desenho! :)

Agora tenho que ir... está escurecendo e o vento está bem forte lá fora. Não estou com vontade de fazer nada além desse bordado hoje, mas tenho que ser mais forte que isso e ir pra academia. Isso é outra coisa dos dias cinzentos: eles acabam com a sua dieta, e essa gordura não vai se queimar sozinha!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Até logo e obrigada pelos peixes!

Depois desse post eu duvido que alguém continue a visitar esse blog. Vocês estão prestes a saber meu nível de loucura.

Pois bem, ontem cheguei à (recorrente) conclusão de que precisava organizar meus materiais de artesanato. E eu não evitei a tarefa, por menos que acreditasse que terminaria bem.

Meses atrás, comprei uma mesa, gaveteiro e uma estante, para dar um up no escritório em casa. A estante foi estrategicamente escolhida por ter duas portas na parte de baixo, que já na loja eu decidi (mentalmente, sem avisar o pobre marido) que seria onde eu guardaria minhas coisas. O resto da estante seria para meus livros, é claro.


(A prateleira logo acima é a casa dos meus livros e revistas de artesanato: reparou na ovelhinha ali? É aquela que comprei na feira de patchwork! Tão fofa!)

Então ali é que estava o problema que precisava ser resolvido HOJE! Veja a situação antes:


Começando da prateleira de cima, da esquerda para a direita, temos:
  • caixa de ponto cruz e bordado
  • a bolsa que comprei em Paris, com tecidos para fazer bichinhos de "pelúcia", como a ovelhinha
  • o pacote de plástico com o tricô cinza dentro é uma blusa que uma amiga pediu para que eu colocasse botões - então não conta como bagunça minha, eu só preciso que eu ou ela compremos os tais botões
  • embaixo do pacote, um novelo de "lã" (temos o costume de chamar qualquer coisa de lã aqui no Brasil, mas nós sabemos que as coisas não são bem assim, certo?)
  • na pilha ao lado, o novelo que vou dar à minha amiga, o novelo que ela me deu de presente, mais dois novelos de "lã"
  • ao lado, pilhas de pacotes de... bem, "lã"
  • embaixo disso tudo, os kits de bordado candlewicking que eu comprei (sim!) há muito tempo (meses, eu acho)
  • você não pode ver, mas atrás dessa parede, tem mais um monte de pacotes de fios para tricô
Na prateleira de baixo:
  • a caixa numerada em cima de tudo tem - adivinhe! - fios para tricô
  • uma caixa de botões para forrar
  • meu porta-trecos, que ganhei há muitos anos de minha amiga S., cheio de coisas variadas - agulhas, linhas...
  • minha máquina de forrar botões (serve para outras coisas, mas essa é a função que mais me atrai)
  • dois baldes de metal, que ganhei quando comprei tinta para o apartamento (na reforma de tempos atrás - foi ano passado, eu acho). Era promoção da marca, e é lógico que quando vi já os imaginei cheios de coisas craft - pena que só consegui ganhar dois, a coleção tinha quatro cores (você também gosta de ter tudo de uma coleção? Eu fico obcecada com essas coisas.)
  • um novelo perdido, que usei para fazer uns testes
  • um porta-revistas, com várias coisas além de revistas dentro dele
  • e você de novo não consegue ver, mas minha máquina de costura está atrás disso tudo, e também umas sacolinhas com mil coisas dentro
É claro que para arrumar isso tudo eu tive que tirar quase tudo do lugar. Os pacotes maiores de fios eu já sabia que não tinha muito que mudar, então apenas tentei agrupá-los. Dentro das bolsas, sacolas e sacos plásticos, encontrei vários UFOs, que voltaram, é claro, para o armário sem que eu pensasse muito neles (mas com uma pontada de remorso por não ter terminado todos eles ainda).

Na parte de baixo, a máquina de costura também não tinha pra onde ir. O que fiz foi tirar tudo que era material de costura e arrumá-los dentro do porta-trecos - ele tem três bolsos na frente, onde guardei os lápis de costureira e a tesoura de tecidos. Ok, também coloquei agulhas de crochê, as agulhas de duas pontas de tricô e um pacote de elástico. E também coloquei lá os alfineteiros e os botões. E os botões para forrar. E a matriz para forrar botões. Não me julgue, por favor.

Eu tenho um problema (bom, mais um!): não consigo jogar fora restos de costura. Linhas muito grandes que sobraram, retalhos de tecido... era o que tinha no balde de baixo. Resolvi descartar tudo, menos um pedaço grande de tecido que sobrou de uma bolsa que fiz. Ele ficou vazio! Quem diria... No balde de cima, estavam meus furadores de papel (tenho só dois, ainda não consigo me organizar com scrapbooking, mas adoro os furadores), velcro, um pedaço grande de barbante e restos de tecidos que não quis analisar na hora. Eu já tinha conseguido jogar um monte, deixei o resto pra outra hora. Ou não. É aquela ideia de que você pode precisar de algo assim que decidir jogá-la fora. Estou melhorando.

Veja como ficou:


Sei que olhando assim parece que não organizei coisa nenhuma, mas acredite, ficou MUITO melhor. Agora consigo ver tudo que está ali! A caixa de bordado continua ali, com a sacolinha de papéis para origami logo atrás, depois todos os fios para tricô, com alguns UFOs e WIPs em cima - agora fica fácil ver o que precisa ser feito. Na frente, deixei os kits de bordado que comprei da Lee Albretch (eles são pequenos, acho que dá pra fazer rapidinho, então quis deixá-los à vista). Também deixei coisas que comprei porque achei o máximo mas até hoje (ah, a vergonha...) não experimentei: kits para fazer fuxicos e flores de tecido.

Na prateleira de baixo, agora com muito mais espaço e mais bem organizados: o porta-trecos com as coisas de costura e outras miudezas (todas juntas, pelo menos), a máquina de forrar botões com os tecidos para pelúcia na frente, e de volta a seus lugares, a máquina de costura, com os baldes e o porta-revistas. Esse último agora tem várias coisas que não são revistas, mas fica fácil de encontrar tudo agora.

Para provar pra mim mesma que a organização foi surpreendentemente um sucesso:

A porta fecha! :) (aquele pequeno desnível é normal, pode acreditar)

Acho que tricô é o que mais ocupa espaço, não é? Estou me controlando para não comprar mais fios, não importa quantas promoções cheguem até minha caixa de e-mail!

Missão cumprida! Quem diria...

Mas aqui vai a loucura que falei no começo: ali não é o único lugar da casa onde tenho coisas de artesanato. Para desespero geral do meu marido, claro. Mas como ele não lê isso aqui, vou mostrar só pra vocês os outros lugares. Vocês não se acham especiais agora?


Aqui era onde minhas coisas ficavam antes. Claro que aqueles fios todos pra tricô vieram depois. Esse é o canto do armário do escritório em que guardamos mochilas - e logo de cara você vê o meu Drift Scarf saindo de uma bolsa! Ali também fica uma parte do presépio em ponto cruz. Por favor não repare na bagunça ali atrás.


Na parte de cima do meu guarda-roupa. As caixas azuis são de costura (cheia de tecidos para patchwork e manta acrílica) e bordado (tecidos, fitas, tantas e tantas coisas!). A lata de bombom eu ganhei (acho que já contei isso aqui...), cheia de linhas de bordado. A caixa branca com coração e a outra colorida, ganhei de presente. Dá pra ver que a parte de baixo precisa de espaço? Minhas roupas precisam ser passadas duas vezes: antes e depois de ir para o armário.

Hmm esqueci de tirar foto da parte de cima... é onde fica a sacola cheia de enchimento. Ah, é só uma sacola.


Essa é a poltrona da sala de TV onde eu costumo fazer as coisas à noite. Minha sacola das Tricoteiras é a que está por perto agora, com o presépio de ponto cruz e um projeto de tricô dentro. (Se você quiser uma sacola dessas também, pode comprar aqui. Adoro essa bolsa!)

Reparou na almofada de patchwork? Foi o resultado da minha primeira aula dessa técnica! :)


No caminho para fotografar outros lugares com coisas perdidas, digo, guardadas, está meu projeto de cenário (é como essa caixa com vidro na frente se chama por aqui). Eu queria que ficasse parecendo um cantinho com vasos de flores. Deixei em cima da geladeira, e cada vez que passo por ela fico pensando no que fazer pra ela ficar mais legal... nem colei as flores nos vasinhos ainda, de tanta indecisão. A pátina eu mesma fiz, e no fundo tem um guardanapo de decoupage. Aceito ideias!


Minha área de serviço tem um pequeno quarto anexo, onde coloquei a antiga mesa do escritório, que agora serve de apoio para a cesta de roupas para passar (diversão para o fim de semana!) e a bolsa que fiz e usava para ir à aula de artesanato. Aquela bolsa é ótima! Lá dentro tem pincéis, tintas, e várias outras coisas. Há planos para todos, mas arte é algo que não pode ser forçado, entende? (HAHAHAHA quanta desculpa... mas sério, quero usar tudo que tenho - há muito dinheiro gasto, ops, investido ali).


Há um pequeno armário para vassouras e produtos de limpeza ao lado daquela mesa - e em cima, mais coisas de artesanato! Ai ai... à esquerda, guardanapos para decoupage (com motivos de Natal, inclusive!), uma caixa em que gastei MUITO tempo e produtos para craquelar, e cuja tampa ficou horrível - e em cima das caixas dos patins (só fiz uma aula com minha amiga S. há meses, e eles foram comprados há ANOS - também pretendo aprender e andar bastante com eles - acredite em mim!) ... onde eu estava? Ah, sim, lá em cima você vê uma bandeja que estou pintando aos poucos (tenho que esperar a tinta secar e não tenho muita paciência) e uma caixa que também estou pintando e queria usar para as coisas de costura. Ou bordado, agora que as coisas de costura ganharam uma casa. O que prova que os materiais de pintura estão mesmo sendo usados, como eu disse que queria fazer.


Quer mais provas? Olha os pincéis aí na água (ou o que sobrou dela). Estão em uso sim!

Muito bem, acho que depois de tudo isso você dificilmente vai voltar aqui, não é? Se é que alguém leu tudo isso até aqui... enfim, eu sou muito empolgada para começar projetos, mas às vezes é difícil terminá-los. Mas estou determinada a colocar em uso tudo que está por aqui!

Podem me cobrar! :)

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Ah, sim... ontem eu esqueci de mostrar o novelo que comprei pra minha amiga! Ei-lo:

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Bariloche

Eu esqueci completamente de mostrar umas coisas lindas que vi durante as férias!

Em agosto, passei uma semana em Bariloche, na Argentina. O lugar é maravilhoso, com muitas coisas pra ver e conhecer, e pela primeira vez eu vi neve! :) No Brasil é muito raro nevar, e apenas no extremo sul do país, longe de onde moro. Em Bariloche finalmente pude brincar com a neve, admirar enquanto ela caía e no dia seguinte, quando o mundo estava branco - e até a sujeira que ela deixa depois que derrete! Eu adoraria viver num lugar em que nevasse...

Mas o que eu queria mostrar são as lãs que encontrei por lá: a região tem muitas criações de ovelhas da raça merino, e por isso há muita lã fiada e tingida a mão. O problema é o preço... para fazer, por exemplo, uma blusa com aquela lã, eu teria que comprar vários novelos. Isso sem contar com o problema do espaço na bagagem. Por isso trouxe apenas fotos! Mas vejam que lindas:


Esse era o cantinho de uma loja que vendia coisas de turista mesmo - lembranças da cidade, camisetas - e que tinha esse tesouro escondido lá no fundo. As cores não são lindas?


Encontrei um novelo de Bariloche no meio - essa lã também é vendida por aqui, pela Aslan, e as meninas do grupo de tricô usaram bastante no inverno.


Esse é um detalhe da primeira foto: vários e vários novelos fiados à mão! Cada um com 1450 gramas, a 350 pesos (mais ou menos 88 dólares). Lembra o que eu disse sobre o preço? Mas eu valorizo o trabalho dos artesãos, e acho que é um preço justo. Só não cabe no meu orçamento de viagem! :)


As cores naturais são muito bonitas, e notei que eles usam folhas, cascas de árvore e cascas de cebola para tingir os fios.

Tive sorte (talvez meu marido não concorde...) e aconteceu uma feira de artesanato enquanto estávamos em Bariloche. A maioria dos produtos à venda eram prontos, e poucos artesãos estavam vendendo fios. Mas é lógico que encontrei alguns (você só precisa saber procurar, não é?) e comprei um novelo para minha querida amiga L. e um tipo de broche para xales. Talvez minha amiga ganhe os dois, ainda não conseguimos nos encontrar!

Acabei de tirar uma foto do novelo pra postar aqui no blog. E descobri que de 22 de agosto, quando voltei da viagem, até hoje, 7 de outubro, o broche para xales está perdido em algum lugar. Isso diz duas coisas sobre mim:

1. quando eu volto de viagens, ou passeios a feiras de artesanato/patchwork, ou qualquer coisa assim, simplesmente escondo as coisas que trouxe de mim mesma. Não importa quanto eu pense em blogar sobre elas. Sabe-se lá por quê.

2. preciso urgentemente organizar minhas coisas de artesanato. De novo. O que provavelmente significa que elas não vão caber de volta no lugar onde estão. Física não se aplica a materiais de artesanato, fato comprovado. Se eu tento organizar minhas coisas, elas simplesmente não cabem mais no lugar onde estavam!

Muito bem, acho que já tenho uma tarefa a mais para amanhã... torçam por mim!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

It's alive!!!

Muito bem, como eu disse antes, não ando escrevendo muito, mas os trabalhos continuam - devagar e sempre, certo?

Nas duas últimas semanas estou desenvolvendo um website como freelancer - ah, eu adoro fazer sites, ainda mais trabalhando de casa! E como acontece toda vez que aparece algo novo na minha rotina, está difícil colocar a diversão de fim de dia no lugar dela. Mas aos poucos eu me organizo.

Enquanto isso, vejam o que fiz enquanto não escrevia no blog!


Lembram-se do Drift Scarf? Pois é, já está grandinho... mais ou menos. Uns 40 cm, não é? O problema é que cada vez que faço o ponto que deixa o tricô tão bonito, o cachecol encurta. Então o trabalho não rende muito... mas acho que está ficando bonito e, ei, se não pode usar no inverno deste ano, sempre há o do próximo!

E por falar em próximo, já estamos quase no Natal de novo e meu presépio continua praticamente no mesmo ponto. Não vou nem comentar, é um trabalho digno de mitologia grega, e não me importo quando vai ficar pronto. Um dia fica.

 Já está inclusive maior do que nesta foto, porque faz dias e dias que comecei a escrever esse post. A palavra é: organização. Parece que nunca consigo me organizar!

Eu acho que comentei no post anterior que nesse tempo de ausência fiz uma capa para o novo laptop da casa (aqui no Brasil a gente diz "notebook" com muito mais frequência - os americanos com quem trabalhei sempre achavam isso muito estranho). Veja como é fechada:

Ela parece estar flutuando num fundo branco porque a foto ficou com muita luz... estava cinza, e na verdade é preta! Veja agora como fica aberta:

Ah, não ficou uma graça? Fechei com velcro, e tomei o cuidado de deixar o lado mais macio na aba, assim não risca o bichinho. Porque afinal, as coisas da Apple são lindas, mas estragam com uma facilidade...

Meu marido quer de qualquer jeito que eu borde a capa. Já escolheu até o motivo: um abacaxi. Porque tem um Apple dentro, entende? (olhos revirando...) Ainda não me empolguei pra fazer isso, especialmente porque não vai ser nada fácil bordar diretamente na capa, agora que ela está pronta. Tem uma camada de manta acrílica, e onde o laptop ficaria enquanto o bordado estivesse em andamento? Talvez eu borde em outro tecido e depois apenas faça uma aplicação. Ou talvez não faça nada. Particularmente, eu preferia ter feito cor de rosa, com lindos tecidos de patchwork... mas acho que meu marido não teria gostado tanto.

Pra terminar, quando resolvi tirar essas fotos o dia estava ensolarado (hoje está de novo, depois de dias-e-dias-e-dias de céu cinza), então vocês agora vão conhecer algumas de minhas plantinhas:

Estas são minhas mini-calanchoe (não sei se é assim que se escreve... e estou com preguiça de perguntar ao Google) (eu não me aguento, perguntei - e acertei!). Elas vieram com flores vermelhas, que ficaram adoráveis no vaso branco - mas nunca mais apareceram! :( Ainda tenho esperanças de que elas voltem um dia.

E aqui está meu vaso de violetas! Depois da primeira florada, demorou muito, muito tempo mesmo, pras flores aparecerem de novo. Valeu a pena, né?

Reparou no pano embaixo do vaso? Aquilo também fui eu que fiz! Conto a história num outro post, ok? ;-)

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

KAL Projeto Misterioso

Há uma semana, quando voltei de viagem, comecei a participar do KAL - "knit-a-long", ou Projeto para Tricotar Junto - do grupo de tricô Crazy Knitting Ladies.

O projeto começou há 4 sábados, e só sabemos que será uma blusa tamanho grande (48 aqui no Brasil). Como eu uso 40 ou 42 (tamanho médio), e já tinha bastante fio comprado esperando pra ser usado, não ia participar. Mas conforme o tempo foi passando, e a data de início se aproximando, não consegui me segurar. Por isso, corri novamente pra minha mestre tricoteira (minha mãe) e comecei a pensar com ela como eu poderia participar, sem gastar muito.

Eu estava visitando a mestra quando a primeira parte do projeto foi publicada (serão 10 partes, uma por semana). Aí comecei a fazer amostras com fios que minha mãe já tinha, e com as agulhas dela. Cheguei na combinação do fio Cristal, que ela usa para tricotar a máquina, e agulhas 4,5 mm. O problema foi que, lendo a receita, parece que não dá pra fazer sem usar agulhas circulares - que era o que nos faltava para poder começar.

Na semana seguinte, eu corri atrás da minha viagem de férias - foi tudo de última hora, infelizmente, mas acabou dando certo. Então não consegui comprar as agulhas! Decidi fazer o pedido pela internet, pois assim elas estariam aqui quando eu voltasse.

E foi o que aconteceu! Meu marido pediu pra que eu não levasse tricô na viagem - o que me deu uma certa ansiedade nos primeiros dias, mas consegui terminar um livro que estava lendo há bastante tempo. Então acabou sendo boa a pausa nos crafts. :)

Na sexta passada eu terminei de tricotar a primeira parte do projeto, e no sábado foi liberada a quarta parte da receita. Veja o resultado até agora:


As agulhas são da Aslan. Foi a primeira vez que usei agulhas circulares, e achei normal. Só que eu achava que eram agulhas de metal (no site diz que são de alumínio), mas são encapadas com plástico. A boa notícia é que o fio desliza bem nelas, então não liguei muito. Só não entrei em contato com a loja porque o pacote ficou aqui me esperando alguns dias. O único problema que tenho com as circulares é que os fios enrolam demais, e às vezes atrapalham. Será que acontece com qualquer circular?

Para terminar, quando fui visitar minha mãe novamente, ela tinha um presente pra mim: pediu para uma amiga, que foi para a Alemanha visitar a filha, trazer duas agulhas Kollage pra gente! Estou louca para experimentar!


Eu trouxe a de 6mm e minha mãe vai testar a outra - tamanho 5, se não me engano. Há anos minha mãe não tricotava à mão, e agora ela se animou de novo - até já pegou uma de suas antigas revistas para testar pontos, não é legal? :)

E se você quiser participar do Projeto Misterioso, vá até o site www.tricoteiras.com ou procure o projeto no Ravelry. É diversão garantida.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Há muito, muito tempo... (de novo?!)

... aconteceram tantas coisas!

Por exemplo, agora tenho muito tempo para fazer arte - mas não tenho dinheiro. Engraçado, porque quando temos um emprego é exatamente o contrário, não é?

Durante minha ausência aqui no blog eu fiz bastante coisa. O Drift Scarf já cresceu bastante, mas ainda há um bom caminho a tricotar... continuo bordando a primeira cena do presépio... e consegui começar e terminar uma luva sem dedos! Também fiz uma capa para o novo notebook da casa, vou escrever um passo-a-passo sobre ela.

Hoje, entretanto, escrevo para comentar um caso que chegou a mim ontem. Minha amiga Méri me procurou porque fotos dos lindos trabalhos da Karen Ruane estão sendo usados em um blog aqui do Brasil, num slide show na lateral do site, sem os devidos créditos à artista.

Pelo que conheço da internet daqui, muita gente cria blogs sem atualizações, para servir apenas como vitrine - um site gratuito. Parece ser o caso, e acho que inclusive a proprietária do blog não é a mesma pessoa que o criou. Há um endereço de e-mail e dois números de telefone do Rio de Janeiro lá, mas a pessoa não respondeu as mensagens de Méri nem de Karen, e Karen chegou até a mandar uma mensagem para o número do celular, sem resposta.

No blog de Karen, ela parece estar muito chateada com o que está acontecendo. Não é pra menos, certo? É o lindo trabalho dela que está lá, com imagens tiradas do Flickr, e a qualidade dos bordados da Karen é inquestionavelmente muito maior do que os que estão no tal site. Navegue um pouco pelo blog dela e você verá o que quero dizer, tudo é de muito bom gosto e bonito. O site que está usando as imagens dela, no entanto, não mostra nada de mais.

Eu sei que essas coisas acontecem o tempo todo, mas nem por isso devemos ignorar. Trabalhos originais devem ser creditados aos artistas responsáveis, mesmo que eles não tenham interesse em ganhar dinheiro com isso. Lendo os comentários no blog da Karen, uma sugestão me parece a mais simples: colocar o nome dela na imagem. Dará um pouco de trabalho, mas acho que, na falta de uma resposta da pessoa que está usando as imagens sem autorização, resolveria o problema - e, quem sabe, evitaria que acontecesse de novo.

A única coisa que não pode acontecer é pessoas talentosas como a Karen desistirem de nos mostrar as coisas lindas que fazem, não é?

sábado, 3 de julho de 2010

Minha aventura com As Meias Mais Simples do Mundo

No encanto que tive com o tricô, certa vez fiquei muito interessada em um assunto: meias. Lendo as mensagens do grupo Crazy Knitting Ladies, navegando na internet e tudo o mais, decidi que queria aprender como eram feitas. Comecei enviando uma mensagem ao grupo, e as meninas imediatamente me incentivaram a começar logo em vez de ficar tentando entender como se fazia. E me indicaram a receita das Meias Mais Simples do Mundo, que está disponível no site Tricoteiras.com e também no Ravelry.

Tudo começou de verdade quando minha amiga L. me emprestou seu jogo de agulhas de duas pontas e ainda me deu um novelo de Bambino de presente. Com todo esse incentivo, lá fui eu começar a tricotar. Logo de início, descobri que era fácil montar os pontos nas agulhas e dividi-los em quatro. Mas não achei nada fácil unir o último ponto ao final para fechar o círculo. Perdi um certo tempo até acertar, tricotando ponto sobre ponto, com medo de que tudo se desmanchasse. Não desmancha, viu? É só continuar tricotando, a segunda carreira vai segurar tudo no lugar. Só precisa apertar bem o fio para não deixar espaço. (Assisti ontem um vídeo do Superziper, que ensina a tricotar em agulhas circulares. O truque que aparece lá parece perfeito para terminar a primeira carreira das meias!).

Uma coisa interessante é que logo no início eu estava confusa e, quando cheguei ao final da primeira carreira, comecei a tricotar o avesso. Foi quando descobri que o tricô era circular, e nele sempre se trabalha o lado direito - a não ser no calcanhar, no caso das meias. Não é preciso ser gênio pra descobrir isso - mas se eu não tivesse tentado, não teria errado e não teria aprendido. Hoje é o dia do óbvio, não é? ;-)


Seguindo a receita, a meia começa pelo cano, com 10 carreiras em ponto barra 1x1. Ou seja, 1 ponto meia, um tricô. Depois disso você entra no modo automático, fazendo várias carreiras todas em ponto meia, até chegar ao calcanhar. Eu fiz 40 carreiras.

O calcanhar não é problema na ida - como diz a receita,"(...) trabalhe com 26 pontos deixando os outros 26 na espera. A cada duas carreiras deixe um ponto de cada lado na espera. Repetir 8 vezes". Foi o que fiz, sem problema. Mas quando comecei a volta, percebi que deixava buracos. Tentei fechá-los de várias formas, e cada pé acabou de um jeito. O primeiro ficou melhor, contrariando minha ideia de que quanto mais eu faço, melhor fica. Mas no próximo par com certeza ficará melhor.


Ficaram pequenos calombos na junção das carreiras. A do primeiro pé ficou mais uniforme, mas com espaços maiores. Calcanhares não são simples, definitivamente. Mas isso não me impede de fazer meias, ora se me impede!

E essa foi minha aventura. :) Cheguei ao fim com muita alegria, tendo aprendido muito sobre tricô e sobre mim mesma. E também como uma viciada em meias!

sábado, 19 de junho de 2010

Um WIP quase no final

Nesse tempo que fiquei sem escrever, eu estive trabalhando em um dos WIPs que mostrei na série anterior: o bolero.

Mas esse post não é sobre ele.

Acontece que eu estava muito empolgada com o bolero, porque, como disse antes, comecei junto com minha amiga S., e mesmo ela tendo desistido depois (mas já fez dezenas de gorros para doar, um colete lindo e já está no fim de outro bolero!) eu continuei. Achei que conseguiria fazer minha primeira peça de roupa em tricô.

O problema foi que, depois de tricotar todas as partes e costurar parte delas, fui experimentar o bolero. E eis que ELE NÃO ME SERVE.

Pausa pra você pensar em quanto eu fiquei decepcionada.

Pois é, fiquei arrasada. Levei para minha mãe olhar e dizer o que eu teria que consertar - eu já tinha feito uma manga duas vezes, porque errei a cava (na verdade, segui a receita original, e ela simplesmente não ajuda). Agora terei que descosturar boa parte do bolero, subir os ombros e fazer as mangas novamente.

E aí eu resolvi dar um tempo no bolero e voltar para um WIP que eu esqueci de mostrar aqui!! Pois vamos a ele:


Esse foi o começo da minha primeira meia de tricô. Eu achava que seria muito difícil lidar com 5 agulhas ao mesmo tempo, e como elas não têm pontas, eu achava que o tricô ficaria escorregando das agulhas o tempo todo.

Resolvi pedir ajuda às Crazy Knitting Ladies e elas me incentivaram MUITO. Como sempre, tricoteiras incentivam as iniciantes a "se jogar" no projeto logo, em vez de ficar querendo entender todos os detalhes sem ter nem mesmo montado os pontos nas agulhas.

Elas me sugeriram a receita d'As Meias Mais Simples do Mundo. O problema foi que a receita, assim como o nome, é muito simples. Logo de cara tive dificuldades para unir o primeiro e o último pontos, quando pedi mais ajuda à lista, à minha mãe, e no final eu mesma dei um jeito. Não ficou muito bom, ficou bastante óbvio esse ponto na meia, mas dali pra frente foi só diversão.

Ah, não posso deixar de comentar que se não fosse pela minha amiga L., nada disso teria acontecido. Ela me incentivou tanto que me emprestou seu jogo de agulhas e me deu um novelo para tricotar as meias. Repare que a primeira meia foi feita com o jogo dela, dourado, e agora estou usando meu próprio jogo, verde. É claro que eu comprei as agulhas. E com elas 4 novelos de outro fio para meias futuras! Uma garota precisa economizar em frete.

Tricotar a meia foi um prazer, mesmo com dificuldades no começo e no calcanhar. Mas eu adorei o resultado! Só não comecei o segundo pé logo em seguida por causa do bolero, mas como ele me deixou triste por um tempo, voltei para minha meia. Veja como estava no começo da semana:


E hoje ela está assim:


Agora começo o calcanhar. Não vejo a hora de poder usá-las!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Há muito, muito tempo...

... num blog muito distante...

Parece que faz ANOS que não escrevo aqui, e realmente faz muito tempo. Mas estava eu tentando me atualizar com as mensagens da lista de tricô - as Crazy Knitting Ladies - quando me deparei com uma mensagem muito bacana de uma das meninas pra mim. O filtro que uso para separar as mensagens deixou-a soterrada no meio da lista, e por isso ela ficou esquecida. Quando eu a li, decidi que estava na hora de atualizar esse blog.

Durante esse tempo todo não parei de fazer arte. :) Isso seria impossível pra mim! Muitas carreiras de tricô foram completadas, alguma costura foi feita e até recebi algumas caixinhas pelo correio (o que parece que vai diminuir por um tempo, mas tenho materiais de sobra por aqui para ocupar minhas mãos e cabeça por muitos anos!).


Quem me escreveu foi a dona do blog Vanilla Babies - obrigada de todo coração! Eu tenho conseguido me motivar a fazer muitas coisas, mas parece que precisava de um empurrãozinho para voltar a escrever. Muito obrigada. :)

E agora voltando à nossa programação normal, vou mostrar o que andei fazendo esse tempo todo. Pra concluir, duas sugestões para quem quer aprender a costurar:
  • Teach yourself to sew: um curso de costura desde o básico! O site é bem completo, tem dicas e projetos bem explicados. Eu não acompanhei tudo o que tem disponível por lá ainda, simplesmente porque é MUITA coisa!
  • How to Sew with Jenny T.: um podcast que encontrei no iTunes (http://feeds2.feedburner.com/HowToSewWithJennyT). Ela também tem um site, dá aulas pagas pela internet, se não me engano. Os vídeos são simples, mas ensinam direitinho.
Eu ainda tenho um grande recurso que veio parar por acaso em minhas mãos. (Nossa, o post já está grande e eu resolvo contar uma história...) Quando comecei a me interessar a sério por crafts, encontrei o blog Superziper, muito famoso por aqui. E vi uma discussão sobre um livro, que parecia ser a bíblia da costura: O Grande Livro da Costura, editado no Brasil pela Seleções do Reader's Digest. Na época esse livro era desejo de consumo de 10 entre 10 pessoas interessadas em costura, pelo que eu li na internet. E conversando um dia com minha mãe, contava pra ela que o livro custava 200 reais no Mercado Livre (uma versão nacional do eBay). Foi nesse ponto que ela me interrompe e diz "mas eu tenho esse livro". Assim, simplesmente.

Imaginem minha alegria!

Na visita seguinte à casa dela, encontrei o livro no fundo de um armário. Minha mãe não precisa dele, é fantástica costureira. Ela ganhou de uma vizinha, que estava se mudando e sabia que ela gostava de costurar. E esse tesouro craft ficou lá, esquecido... imaginem só!



Foi assim que consegui o livro e o "bônus" que estava dentro - um encarte com projetos baratos pra se fazer. É divertido ver as sugestões, e acho que poucas pessoas devem ter isso ainda hoje.

Há algum tempo, depois de muita pressão popular, a editora lançou uma versão atualizada do livro - o que com certeza deve ter feito o valor dele baixar no site de leilões. Mas a história sempre vai valer bastante pra mim. :)

Última coisa: gostaram do visual novo?

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Desafio mesmo é terminar essas coisas...

Lembram-se do círculo de costura? Foi muito divertido, mas até agora o projeto ficou nisso aqui:


Como eu disse, queria aplicar a torre em uma bolsa. Tinha pensado em fazê-la em tecido listrado de cinza e branco, o que destacaria bastante o foundation. Também queria bordar "Paris" acima dela, até já tenho algumas miçangas por aqui...

O que falta terminar: fazer a tal bolsa!

Por que não consigo terminar: não há nenhum tecido listrado de cinza e branco por aqui. Isso só pode significar uma coisa: compras! Ah, hobbies realmente consomem dinheiro...

O que posso fazer para terminar: Tentar outro tecido para a bolsa. Tenho bastante tecido preto, se eu fizer uma moldura de outra cor, talvez usando os restos dos tecidos cinza que usei para a torre... preciso pensar mais sobre esse. Ou simplesmente comprar o tal tecido. Veremos.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Muitos erros juntos

Aí vai mais um WIP: minha bolsa feita no tear tricô.


Eu comecei a fazer essa bolsa justamente porque queria começar um projeto que eu tinha CERTEZA que terminaria rápido. Ah, a ironia... O primeiro erro foi usar lã preta. Eu lacrimejava o tempo todo, porque não conseguia ver direito o que fazia. Aí peguei o fio cor de rosa para usar junto, o que melhorou bastante. Depois de algumas carreiras (veja o lado direito do pedaço pronto) resolvi tentar um ponto novo. Ah, a liberdade é uma delícia! Como é pra mim, não importa, certo?

O que falta terminar: a segunda parte da bolsa. E provavelmente um forro.

Por que não consigo terminar: a parte do tear não é problema. Mas vou ter que comprar alças para a bolsa - e decidi que quero alças de falso couro, cor de rosas. Ou seja, mais pacotes chegando pelo correio. Não que eu não goste deles, mas... dinheiro não cai do céu, não é?

O que posso fazer para terminar: comprar as alças, com certeza. E provavelmente um tecido para o forro - que tal cetim rosa? Ah, sim, claro! Terminar a parte do tear também, certo?

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Prova de existência de UFOs

É isso mesmo que você leu: UFOs existem! Claro que do tipo craft, os famigerados UnFinished Objects (eu achava que era prOjects... tsc tsc). Esse é um dos mais antigos que tenho - e me assombram:


Você consegue ver as partes de uma casinha aparecendo? Pois bem, comecei esse projeto há ANOS! Nem sei quantos, mas sei que ainda morava com meus pais. Hmmm não... ah, não me lembro! Imagine só!

Bem, eu comecei seguindo o projeto de uma revista (que nem existe mais, ah meu Deus!). Foi a primeira vez que vi o "ponto-cruz em 3D". Depois descobri que há livros com vilas inteiras de casinhas bordadas. Não seria simplesmente adorável?

O que falta terminar: várias partes. Uma igual à que aparece mais embaixo na foto, que seria o lado oposto da casinha, o telhado... hmm o que será aquele outro pedaço ali no canto? Ai ai...

Por que não consigo terminar: o original da revista foi bordado com mais fios na agulha (6, em vez dos 2 que utilizei), pois a tela é muito mais espaçada. O problema desse projeto é a tela: os furos são tão pequenos que a agulha chega a machucar os dedos por causa da dificuldade de passar. Até estraga a linha, que precisa então ser bem curta, e faz o trabalho ser mais lento ainda.

O que posso fazer para terminar: tentar uma agulha mais fina. Comprei um kit com agulhas de vários tipos, talvez tenha alguma bem fina por lá que facilite o trabalho.